30 jun 2010

Os 144.000 e textos correlatos – parte 4

Categoria: Testemunha de Jeovávaldomiro @ 17:50

ONDE ESTARÃO OS 144.000?

Apo. (Rev.) 14.1 afirma: “E eu vi, e eis o cordeiro em pé no monte Sião, e com ele centro e quarenta e quatro mil…” Quanto ao fato de os 144.000 estarem com o Cordeiro no Monte Sião, o próprio texto do verso registra; mas, associar isso a um estado permanente no céu, parece ser algo além do que a própria Bíblia registra.

No Velho Testamento podemos identificar o Monte Sião como a Jerusalém secularmente conhecida: a Jerusalém Terrestre, Isa. 31.4,5. Isa.2.3

O fato de os líderes religiosos da época de Cristo o haverem rejeitado, não nos habilita a dizer que “… tornou-se certa a rejeição completa e irreversível da cidade, por parte de Deus…” (Estudo Perspicaz das Escrituras, pg. 587, vol. 3), muito mais quando essa “conclusão” somente surgiu no fim do século IX . Em todo o Velho Testamento vemos Iahweh batalhando para manter a cidade de Jerusalém, e embora como um todo, ela por vezes, tenha se afastado de seu Deus, Este nunca desistiu dela, tanto que os seus santos profetas, de Sua parte, por milhares de anos, predisseram acerca do Monte Sião, Isa. 46.13 “… Fiz chegar perto a minha justiça. Ela não está longe, e a própria salvação de minha parte não tardará. E eu vou dar salvação em Sião a Israel, minha beleza.” O fato de ser terreno o restabelecimento de Jerusalém, quando falo terreno não falo de um governo cível, mas, de habitantes literais sob um governo teocrático, está explícito nos versos proféticos de sua renovação, Isa. 51.3 “Porque Jeová certamente consolará Sião. Com certeza consolará todos os lugares devastados dela, e fará seu ermo igual ao Éden e sua planície desértica ao jardim de Jeová. Exultação e alegria é que se acharão nela, agradecimentos e voz de melodia.”, de fato, não se poderia falar assim de uma habitação permanente em um domínio celeste, pois no céu não há ermo, nem planície desértica para serem transformados em jardim e serem igualados ao Éden.

É estranho achar que após quase 4.000 anos tentando resgatar a nação israelita Deus a tenha rejeitado, ainda mais, quando se verifica que essa conclusão não foi identificada pela própria palavra de Deus, mas supostas deduções externas à Bíblia. Ora, a Bíblia fala reiteradas vezes de seu restabelecimento, não se restabelece o novo, mas apenas algo antigo, o restabelecimento não pode ser de criaturas espirituais, mas de residentes reais na terra.

Quanto a visão expressa em 14.1 de Revelação, precisamos identificar se há motivos para crer, em detrimento de todas as profecias bíblicas anteriores, que esse Monte seja o outro nome para “Céu”, ou “morada celeste”, logo parece razoável que Hb. 12.18-22, quando diz: “pois, não vos chegaste ao que pode ser apalpado… mas vós vos chegaste a um Monte Sião…” possa, muito bem, ter a mesma associação aplicada à Grande Multidão feita pelo livro Raciocínio à Base das Escrituras com relação aos 144.000; eles estarem com o cordeiro “indica, não necessariamente um local, mas uma condição aprovada.” (pág.85), além do mais lemos em Apo. 14.2 “E ouvi um som vindo do céu…” João declara ouvir algo que veio do além do alcance de sua visão, no entanto ele “VIU” o Cordeiro e os 144.000, percebe-se que estes estavam em algum lugar que não era o céu, de modo que veio a ser ouvido por João “um som VINDO do céu.” (destaquei). Se o Monte Sião está em baixo a expressão “…comprados da terra”, não significa ser tirado dela; ao dizer em I Cor. 6.20 Paulo confirma isso ao dizer “pois fostes comprados por um preço…”, mostrando que os Coríntios já haviam sido comprados, no entanto todos viviam perfeitamente na terra, na cidade de Corinto. Ainda Apo. 21.1 fala da Nova Jerusalém DESCENDO do céu, também o v.10. Assim, de uma forma ou de outra ver-se que os 144.000 não estão ou mais apropriadamente não estarão no céu quando do estabelecimento da nova ordem das coisas.